Notícia: Educação, mundo do trabalho e sustentabilidade serão os temas da IV Conferência Mapa Educação, que acontece dias 10 e 11 de dezembro, na USP

Educação, mundo do trabalho e sustentabilidade serão os temas da IV Conferência Mapa Educação, que acontece dias 10 e 11 de dezembro, na USP

Evento gratuito vai reunir líderes e jovens para estimular a mobilização e transformação da educação nos territórios onde estão inseridos

O Movimento Mapa Educação vai realizar, nos dias 10 e 11 de dezembro, a IV Conferência Mapa Educação que terá como tema “Nova educação, mercado de trabalho e futuro sustentável: como conseguimos?”. Essa edição, a primeira após a pandemia de Covid 19, acontece na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - USP. Para se inscreverem, os jovens devem acessar a página do evento, disponível aqui.

Representantes da sociedade civil, das empresas, da governança e do projeto Chão da Escola estarão no evento, todos em busca de soluções para construir uma educação que se adeque às reais necessidades das juventudes brasileiras. Após dois anos de restrições sanitárias, em função da Covid-19, pensar a educação do futuro se faz ainda mais urgente. De acordo com a pesquisa “Juventudes e a Pandemia. E agora?”, de setembro deste ano, coordenada pelo Atlas das Juventudes e realizada em parceria com Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE), Fundação Roberto Marinho e outras instituições, 55% dos jovens sentem que ficaram para trás em termos de aprendizagem, como consequência da pandemia. E 11% ainda pensam em deixar de estudar nos últimos 6 meses, enquanto 34% já pensaram mas não querem mais parar. Durante os anos da pandemia, parte dos jovens chegou a interromper os estudos em algum momento: em 2020, foram 28%; em 2021, 16% e em 2022, 3%.

A mesa de abertura da conferência contará com a participação do Vinícius Machado, professor de geografia e líder no Mapa Educação desde 2019, que falou sobre os atuais desafios educacionais: “É urgente pensarmos a educação do futuro e inserir os alunos como protagonistas dessas mudanças. Professor e aluno devem andar juntos na elaboração de projetos para solucionar problemas reais dentro e fora da escola e, com isso, o estudante passa a entender que o conteúdo tem impacto real na sociedade”, diz o educador. Vinícius acrescenta ainda que os próprios professores também precisam passar por uma mudança de cultura: “Os mais antigos e tradicionais têm uma motivação a mais com a mudança, mas ela precisa ser gradual e planejada, pois todo um ecossistema é alterado.”

Do projeto “Chão de escola”, a jovem Isabela Hitomi, 19 anos, líder em SP, vai compartilhar a experiência dentro do Movimento Mapa Educação. “Como embaixadora, realizei um projeto onde os alunos do 8º ano da Escola Estadual Major Arcy fizeram curtas em que mostravam o que era importante para eles na escola”, diz ela, que reforça a importância da união entre todos os membros das escolas, com a sociedade civil e empresas. “Como aluna da UFABC em Ciências e Humanidades, curso específico para quem quer seguir as carreiras de relações internacionais, filosofia e/ou políticas públicas, vejo o quanto cada um pode colaborar dentro do seu campo de atuação e melhorar a realidade do país”, diz ela.

A IV Conferência Mapa Educação vai contar também com a participação de Rodrigo Cobra, diretor de operações da RenovaBR. No sábado, eles estarão na mesa de governança, onde vão falar sobre o papel dos representantes políticos nas questões educacionais. No domingo, vai acontecer a oficina sobre democracia e diálogo, com o  “ curso para quem gostaria de se candidatar a um cargo político/público e quer saber mais sobre políticas públicas, comunicação política, governança e como se tornar agentes de transformação política. “A renovação política não se trata apenas de trazer gente mais nova, mas, principalmente, de estimular o diálogo e novas opiniões de como resolver as questões educacionais no Brasil”, reforça Rodrigo Cobra.

A líder do conselho de estudantes na Fundação Lemann, Luísa Manoela, 19 anos, já está na defesa de uma educação melhor há quatro anos. "Conheço o Mapa Educação desde que eu tinha 15 anos e era meu sonho participar da Conferência. Depois desses dois anos de pandemia, me inscrevi como ouvinte, mas me chamaram para palestrar." Ela chama atenção para a importância de trazer o olhar juvenil nesta discussão: "Se a gente não insere os estudantes no espaço de debate da educação, como a gente avança o sistema educacional para mudanças positivas nas demandas dos estudantes?", diz a jovem que também fundou as ONGs Guardiões da Educação, Girls Leadership Academy e vai falar no evento a respeito da visão da educação no terceiro setor. Além desse tema, Luísa vai falar sobre o impacto da pandemia no aprendizado: “Educação não é mais apenas um espaço de conteúdo, mas um espaço de convivência para desenvolver habilidades sociais, inclusive relacionadas à saúde mental. Muito se fala sobre as baixas taxas de aprendizagem em português e matemática, mas não se entende como é a relação dos estudantes em casa e na escola. Existe abandono por parte dos docentes, da administração escolar, e devemos nos atentar a isso”, alerta a jovem.

Sobre o Movimento Mapa Educação

Na busca por uma educação que atenda às reais necessidades dos brasileiros, nasceu o Movimento Mapa Educação. A rede é composta por 400 jovens lideranças, que residem em 24 estados e 95 municípios brasileiros. No ano de 2021, o movimento alcançou cerca de 10 mil brasileiros através de 50 projetos, buscando engajar uma juventude diversa para transformar a realidade da educação brasileira.

Serviço

IVª Conferência Movimento Mapa Educação
Data: Dias 10 e 11 de Dezembro
Horário: Das 7h às 18h30 – dia 10 (sábado); Das 7h às 17h – dia 11 (domingo)
Local: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo – USP
Inscrições e programação aqui e pelo Instagram (@mapaeducacao)

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