Festival LED 2025: em pauta, o debate sobre o futuro da educação
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Evento teve 150 horas de programação em sete palcos e cinco estandes interativos, com a contribuição de 230 palestrantes

A 4ª edição do Festival LED – Luz na Educação já pode ser considerada um marco para as discussões que envolvem educação, cultura antirracista, entretenimento, inteligência artificial, ESG e muito mais. Mais de oito mil pessoas participaram das 150 horas de programação, em sete palcos e cinco estandes interativos. O evento contou com 230 palestrantes e, a partir da curadoria da Fundação Roberto Marinho, foram oferecidas 15 oficinas para o público no MAR. O Festival LED – Luz na Educação é realizado pela Globo e pela Fundação Roberto Marinho, em parceria com a Editora Globo e com patrocínio da Fundação Bradesco.
João Alegria, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, ressalta o fato de o Festival LED ser uma oportunidade importante de refletir sobre os rumos da educação no Brasil. “Em 2025, seguimos reafirmando nosso compromisso com uma educação pública de qualidade, que promova inclusão e dialogue com os desafios do presente. A parceria entre a Fundação Roberto Marinho e a Globo, que sustenta essa iniciativa, busca ampliar o acesso a experiências, ideias e práticas que fortalecem o papel da educação na superação das desigualdades. É um espaço de escuta, troca e visibilidade para ações que unem inovação, compromisso social e vontade de transformar. Seguimos contribuindo para esse movimento com o que temos de mais consistente: projetos, metodologias e conteúdos construídos em rede com educadores e instituições em todo o país”, afirma.

Para Cristóvão Ferrara, diretor de Valor Social da TV Globo, o Festival LED é o maior expoente de tudo que é feito e retratado na educação. “Há 100 anos que a Globo vem trabalhando também na pauta de educação. Esse é um valor que vem da família, foi transmitido para a empresa e reflete todas as ações que a Globo faz. Todo o conteúdo da Globo é pensado para que tenha um caráter educacional. As nossas novelas, o nosso entretenimento, tudo o que a Globo produz é para gerar consciência da população brasileira e fazer uma sociedade melhor”, conclui.
Festival LED movimenta o MAR com oficinas sobre cultura, diversidade e tecnologia na educação
O entretenimento como um canal para a educação
A classe artística também destacou o discurso do poder da educação como forma de mudança, principalmente, quando o entretenimento é usado como ferramenta para levar este tema ao grande público. A atriz Elisa Lucinda, durante a palestra sobre o poder transformador das narrativas, contou como músicas e até desfiles de Carnaval a ajudaram a entender a história negra e do Brasil muito mais do que as aulas na escola.
“Não existe professora mais poderosa do que a arte. Ela ensina com encanto, quando você percebe, você já aprendeu. Na minha vida, por exemplo, eu tenho certeza de que aprendi mais sobre Egito com Margareth Menezes e Olodum do que na minha escola. Sobre a alopecia, eu não conhecia a doença. Já estava representando a dona Marlene, essa mulher invisível, que existe em cada esquina do Brasil, que vende marmita para as pessoas que estão trabalhando nas esquinas e nas ruas. Muitas pessoas me falaram que tinham a doença e se identificaram com a personagem. Me senti honrada em viver esta heroína invisível”, conta Elisa Lucinda.
Rosane Svartman, autora da novela ‘Vai na Fé’, trouxe para o centro das discussões o quanto é necessário saber ouvir e optar por trabalhar com quem traz vivências diferentes das suas. “A gente está aqui com muitos professores e estudantes, eu sou professora também. Dei aula no Brasil inteiro e eu aprendi que ensinar também é aprender. Eu preciso reconhecer as minhas próprias limitações, saber que é difícil falar de tudo sem escutar, entrar na pele de tantos personagens, sem ter a vivência. Essa escuta se dá com pesquisa, com conversas, mas também entendendo que eu preciso construir parcerias com pessoas que tenham experiências, trajetórias e visões de mundo, com talentos incríveis”.

Com a veia acadêmica aguçada, principalmente, após interpretar a professora de matemática Eliete, da série ‘Segunda Chamada’, a atriz Talita Carauta relembrou a construção da personagem e como foi trazer um novo olhar para os alunos e suas batalhas diárias pelo aprendizado. “A construção de uma personagem faz com que a gente esteja atenta às pautas e relevâncias do momento. Mas também como a gente faz as conexões afetivas", finaliza.
A carga das pessoas que precisam trilhar caminhos mais longos e difíceis para alcançar seus sonhos foi o tema da fala da atriz Regina Casé. Durante o debate, ela relembrou como foi emocionante ver um filme protagonizado exclusivamente por artistas negros. “Uma vez, eu fui a uma cabine ver um filme chamado ‘Cidade de Deus’. Quando acabou o filme, eu não conseguia parar de chorar. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi pensar que a gente tinha um elenco todo negro, tão incrível e forte. Atores que ninguém conhecia fazendo protagonistas de forma incrível. Pensei em quantas gerações de atores negros que foram perdidas porque não existia essa dramaturgia para eles brilharem”.
Mais de 30 horas de transmissão pelo Canal Futura
Pela quarta vez, toda a transmissão ao vivo do Festival LED foi realizada pelo Canal Futura, com exibição gratuita na TV e Globoplay. Ao todo, foram mais de 16 horas por dia de conteúdos educativos, inspiradores e de qualidade, exibidos para todo o Brasil.
“É uma grande honra para nós realizar a transmissão ao vivo do Festival LED — um evento que já se consolidou na agenda cultural e educacional do Rio de Janeiro. Nosso objetivo com essa transmissão é garantir que os debates, palestras e experiências vividas presencialmente aqui possam chegar a educadores, professores e a todos os apaixonados por educação em cada canto do país. Acreditamos que o conhecimento precisa ser acessível, e levar esse conteúdo de qualidade para além das fronteiras físicas do festival é, para nós, uma missão. Educar é transformar, e poder usar a televisão e as plataformas digitais para ampliar esse alcance é motivo de muito orgulho para o Canal Futura”, explica Mariana Seivalos, supervisora do Canal Futura.

Pela primeira vez, a FRM contou com um estande no Festival, com ativações sobre vários dos seus projetos. Nesse espaço, jovens que participaram dos cursos de formação da co.liga - escola digital de economia criativa, puderam interagir com os participantes do LED, pondo em prática os ensinamentos adquiridos.
Felipe Conrado, supervisor de Comunicação da Fundação Roberto Marinho, enaltece o trabalho da instituição. “Nessa 4ª Edição do Festival LED nosso objetivo foi aproximar ainda mais a Fundação Roberto Marinho do público. Além da tradicional transmissão dos palcos LED Inspira e LED Inova, realizada pelo canal Futura, toda curadoria de palestras e oficinas realizadas no MAR foi proposta pela instituição. Pela primeira vez, marcamos presença com um estande próprio, pensado como um espaço de acolhimento e descoberta. Nele, o público pôde conhecer, de forma leve e interativa, o trabalho que a Fundação desenvolve na promoção da inclusão produtiva e educacional em todo o país. Esse LED foi especial porque, mais do que realizar o evento, vivenciamos uma experiência de troca real com as pessoas. Uma oportunidade de estreitar laços, ouvir, dialogar e reafirmar, com ainda mais força, nosso compromisso com uma educação que transforma vidas”.

Vale ressaltar que a Fundação Roberto Marinho também marcou presença no Festival com o LED Dialoga, nas palestras do Museu de Arte do Rio (MAR), LED Cria, ministrando as oficinas do MAR, LED Curte, palco de palestras no térreo e show também no MAR, e LED Experimenta, com espaço de ativações dos estandes.
Sobre a Fundação Roberto Marinho
A Fundação Roberto Marinho inova, há mais de 40 anos, em soluções de educação para não deixar ninguém para trás. Promove, em todas as suas iniciativas, uma cultura de educação de forma encantadora, inclusiva e, sobretudo, emancipatória, em permanente diálogo com a sociedade. Desenvolve projetos voltados para a escolaridade básica e para a solução de problemas educacionais que impactam nas avaliações nacionais, como distorção idade-série, evasão escolar e defasagem na aprendizagem. A Fundação realiza, de forma sistemática, pesquisas que revelam os cenários das juventudes brasileiras. A partir desses dados, políticas públicas podem ser criadas nos mais diversos setores, em especial, na educação. Incentivar a inclusão produtiva de jovens no mundo do trabalho também está entre as suas prioridades, assim como a valorização da diversidade e da equidade. Com o Canal Futura fomenta, em todo o país, uma agenda de comunicação e de mobilização social, com ações e produções audiovisuais que chegam ao chão da escola, a educadores, aos jovens e suas famílias, que se apropriam e utilizam seus conteúdos educacionais. Mais informações no Portal da Fundação Roberto Marinho. Saiba mais: www.frm.org.br.
Sobre o Canal Futura
O Futura é uma experiência pioneira de comunicação para transformação social que, desde 1997, opera a partir de um modelo de produção audiovisual educativa, participativa e inclusiva. É uma realização da Fundação Roberto Marinho e resultado da aliança estratégica entre organizações da iniciativa privada unidas pelo compromisso de investir socialmente, líderes em seus segmentos: SESI - DN / SENAI - DN, FIESP / SESI - SP / SENAI - SP, Fundação Bradesco, Itaú Social, Globo e Sebrae. O Futura está presente nas principais operadoras de TV por assinatura no Brasil e ainda em uma rede de TVs universitárias parceiras com sinal disponível em TV aberta e parabólicas digitais.
Acesso gratuito via Globoplay (https://globoplay.globo.com/canais/futura/) para acompanhar o sinal ao vivo da programação e um catálogo audiovisual com mais de 185 títulos e 4.500 vídeos.
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