Debate recebe Fernanda Honorato
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Como a educação pode ser mais inclusiva?
A primeira repórter com Síndrome de Down do Brasil foi a convidada do Debate para falar sobre educação inclusiva. Fernanda Honorato também é ativista pelos direitos das pessoas com deficiências, principalmente nas redes sociais, onde divulga seus trabalhos e atividades.
No 10º programa da 2ª temporada do Debate, ela aproveita para contar as experiências de vida e voltar nos tempos de estudante, trazendo um olhar importante para pensarmos em uma educação mais inclusiva e acessível.
No Debate, apresentado pelo jornalista Cristiano Reckziegel, Fernanda relembra com orgulho da experiência como repórter do Programa Especial, da TV Brasil, além de tratar de assuntos como ensino nas escolas, vida social e preconceito.
“As pessoas com deficiência intelectual precisam de linguagens simples, um pouco mais de acessibilidade, precisam de muita empatia. Primeiramente, precisamos ser respeitados. Somos pessoas, depois que vem a deficiência”, alerta Fernanda.
E, por falar em respeito, o capacitismo também foi discutido no Debate. O termo se refere a uma discriminação ou preconceito direcionado às pessoas com deficiência. Para combater esse tipo de violência e a não inclusão, existe, no Brasil, a Lei 13.146, que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Ela foi criada em 2015 para assegurar e promover, em condições de igualdade, os direitos e liberdades fundamentais de pessoas com deficiência. O objetivo é que haja inclusão social e cidadania. Infelizmente, ainda falta caminharmos muito para atingirmos o respeito e a garantia de direitos previstos no papel.
A própria Fernanda relembra que sempre gostou de estudar, mas precisava contar com o apoio da mãe e da tia, que é professora, para ajudar na formação escolar.
“Na minha época, não tinha muita informação. A minha mãe e eu sempre lutamos por uma inclusão total e irrestrita”, afirma Fernanda.
Debatedores atuantes no direito e na educação
Na equipe de comentaristas do episódio sobre educação inclusiva, estão presentes Jaqueline Gomes de Jesus, professora doutora em psicologia; Renan Quinalha, advogado, professor de direito na Unifesp e ativista de Direitos Humanos; e Rodrigo Mendes, CEO do Instituto Rodrigo Mendes, que busca uma educação de qualidade, em escolas comuns, para pessoas com deficiência.
“Acessibilidade é um catalisador para que a gente promova uma sociedade inclusiva e é importante lembrar que essa concepção é decorrente da existência de barreiras. Hoje, na sociedade, a gente convive com muitos tipos de barreiras. Eu queria destacar a questão da atitude, a nossa visão preconceituosa, que subestima a capacidade de uma pessoa com deficiência, ela gera uma atitude extremamente destrutiva e negativa, que precisa ser desconstruída”, explica Rodrigo.
O Debate sobre educação inclusiva conta com recursos de acessibilidade, como legenda, autodescrição e tradução em Libras. Os programas da primeira e da segunda temporadas do Debate também podem ser conferidos gratuitamente nas plataformas Globoplay e Canais Globo.
Serviço
Programa Debate – 2ª temporada
- De 3 de maio a 26 de julho de 2022.
- Todas às terças, às 21 horas.
- Onde assistir: nas plataformas Globoplay e Canais Globo.