Ashoka integra 21 Jovens Transformadores brasileiros à rede global e lança livro
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Anúncio da nova geração de lideranças sociais foi feito na tarde de sexta-feira (16/06) durante Festival LED – Luz na Educação, no Rio de Janeiro
Vinte e um jovens brasileiros que lideram projetos e movimentos de impacto social em suas comunidades acabam de entrar para a pioneira e maior rede global de empreendedores sociais, a Ashoka. Com idades entre 16 e 20 anos e representando todas as regiões do Brasil, esses jovens estão assumindo a responsabilidade de liderar um diálogo global que quer redefinir os indicadores de sucesso de uma pessoa que está crescendo no mundo de hoje.
Compartilhando do mesmo propósito — o de transformar o mundo em um lugar mais justo, igualitário e sustentável — esses jovens vão ampliar suas redes e compartilhar experiências com empreendedores sociais, gestores públicos, educadores, lideranças comunitárias, produtores e difusores de conteúdo, passando por uma jornada que pode durar vários anos dentro da rede Ashoka. A apresentação dos Jovens Transformadores Ashoka 2023 — maior turma já reconhecida pela organização — foi feita no Museu do Amanhã, na última sexta-feira, 16 de junho. Confira a relação completa dos jovens reconhecidos e suas biografias, ao final do comunicado.
“Os Jovens Transformadores Ashoka são sementes de transformação social em seus territórios”, explica Helena Singer, líder da Estratégia de Juventude da Ashoka. “Já compreenderam que o mundo atual exige deles a capacidade de acompanhar mudanças aceleradas, de criar soluções para as graves crises ambientais e sociais que já estão aí, de engajar todas as pessoas na busca de relações pacíficas, solidárias e prazerosas para todos”.
Midria Pereira, que também é Jovem Transformadora Ashoka, e hoje coordena a Estratégia de Juventude da Ashoka no Brasil, diz que Jovens Transformadores impulsionam uma cultura que reconhece a potência da qual todas as pessoas já são portadoras e instigam jovens e adultos a contribuir com soluções para os problemas que observam nas suas realidades, aqueles que os atingem diretamente ou que atingem as pessoas que os cercam.
Os jovens passaram por um amplo processo de entrevistas com lideranças sociais do Brasil, mas também da Indonésia, Nigéria, Índia e Estados Unidos. A partir de agora, eles embarcam numa jornada de aprendizado e reflexão sobre suas causas, identidades, territórios e estratégias de colaboração para ampliar o impacto social de suas iniciativas.
“Uma cultura que entende que qualquer pessoa pode ser um agente de transformação também deve pautar as instituições que formam os jovens", diz Andrea Margit, líder de Comunicação e Novos Paradigmas da Ashoka. “As escolas devem se tornar ambientes que estimulem a capacidade transformadora de seus estudantes; e as universidades deveriam reconhecer, nos processos de seleção, as experiências de transformação social empreendidas pelos jovens. Esses seriam grandes passos no sentido do desenvolvimento integral dos jovens brasileiros”, complementa.
Comunidade de Jovens Transformadores Ashoka lança livro
Escrito por 23 jovens, entre 16 e 21 anos, reconhecidos como Jovens Transformadores pela organização global Ashoka, o livro "Mudar o mundo é a nova alfabetização" fornece um roteiro para valorizar a prática da empatia e despertar a agência de transformação em crianças e adolescentes. O livro foi lançado em 16 de Junho, no Espaço Ashoka do Festival LED, que aconteceu no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro. Idealizado pelo Jovem Transformador Ashoka, Marcelo Borges, o livro foi concebido com o propósito de inspirar outros jovens a criar mudanças positivas no mundo que os cerca e, assim, contribuir com a propagação do movimento Um Mundo de Pessoas que Transformam.
Marcelo contou com o entusiasmo de outros 22 jovens colíderes do movimento: "Eles se dispuseram a descrever suas trajetórias para motivar crianças e jovens que querem fazer algo para melhorar a convivência social ou as condições de vida em seus territórios, mas muitas vezes não sabem por onde começar", conta Marcelo. “Muitas vezes não está claro para eles que todo jovem tem a capacidade de liderar mudanças sociais, que não é preciso concluir os estudos ou ser uma autoridade no assunto para se organizar coletivamente em torno de um tema que nos toca ou aflige. E os Jovens Transformadores são prova disso! Daí, querer compartilhar nossa experiência”, conclui Marcelo.
Os autores também esperam que as autobiografias chamem a atenção de familiares, professores, gestores de escolas, líderes comunitários, agentes públicos e empregadores. A edição impressa de “Mudar o mundo é a nova alfabetização” é limitada. Mas, a versão online está disponível para leitura e download, de forma gratuita, no link abaixo.
Sobre a Ashoka e os Jovens Transformadores
Presente em 92 países, a Ashoka reconheceu a primeira turma de Jovens Transformadores no Brasil em 2019. A organização é articuladora de um movimento por um mundo onde todos se reconheçam como agentes de transformação pelo bem comum. No Brasil desde 1986, a Ashoka teve como um de seus primeiros empreendedores sociais Chico Mendes, em 1988. No mundo, sua atuação vem desde 1980, quando foi fundada pelo norte-americano Bill Drayton, na Índia. A Ashoka já reconheceu mais de 4 mil empreendedores sociais no mundo, sendo 390 no Brasil, em diversas áreas de atuação: equidade de raça e gênero, ambiente e clima, saúde, desenvolvimento econômico, educação, longevidade e participação cidadã.
Para mais informações sobre a Ashoka, visita o site oficial clicando aqui.